terça-feira, 1 de setembro de 2015

Pesquisa: Albert Einsten - Teoria da Relatividade

Nome do grupo: Filosofando

Integrantes do grupo: 

  •  Daniella Aragão de Souza 
  •  Nayhara Reis Flôr 
  • Victor do Amaral Ghiraldi 
  •  Luiz Felipe Salles Lopes
Líder: Daniella Aragão de Souza

Textos:

1 - LUCAS. Entendendo a Teoria da Relatividade de Einstein. 2015. Disponível em: <http://misteriosdomundo.org/entendendo-a-teoria-da-relatividade-de-einsten/> . Acesso em: 19 ago. 2015.

   Dentre todas as realizações de Einstein no campo da Física, a mais importante foi a Teoria da Relatividade. Ela revolucionou a ciência ao afirmar que as leis da Física não são exatamente as mesmas em todos os lugares, tratando o espaço e o tempo não como grandezas absolutas, mas como grandezas que dependem do observador, de sua localização e da velocidade de seu movimento.
   Entretanto, de acordo com a Teoria da Relatividade Especial, a luz possui uma velocidade constante, ou seja, qualquer observador, ao medi-la, encontrará um valor próximo de 3x108m/s. Esta teoria possui aplicações extremamente importantes, como o fato de que nada além da própria luz consegue atingir esta velocidade. Isso acontece porque quanto mais rápido um corpo se move, maior a sua massa se torna, portanto, ao viajar na velocidade da luz sua massa tenderia ao infinito. Matematicamente falando, esta relação é expressa na fórmula E=m.c², onde E é a energia gerada no movimento. 
   Há também, como consequência da Relatividade Especial, o fato do espaço e do tempo serem subjetivos, uma vez que esta é a única maneira da velocidade manter-se sempre constante. Uma ilustração famosa desta conclusão é o Paradoxo dos Gêmeos: há dois irmãos gêmeos na Terra, e um deles faz uma viagem espacial numa velocidade muito próxima da velocidade da luz; ao retornar à Terra, estará mais jovem que o irmão que ficou. Ou seja, quanto maior a velocidade com que o corpo se move, mais devagar o tempo passará para ele. 
   Além disso, Einstein também afirmou que o espaço-tempo é curvo perto de objetos de grande massa, uma vez que sua geometria é parecida com um tecido. Logo, quanto maior a massa do objeto, maior a distorção que este causará na forma do tecido. Nisso consiste a Teoria da Relatividade Geral.    Esses exemplos demonstram a grandiosidade da obra de Einstein, assim como da importância de sua contribuição para a ciência. 


Vídeo:

 “Como Einstein provou a teoria da relatividade geral ” https://www.youtube.com/watch?v=8J CKfm_oguE&feature=youtu.be

   Este vídeo apresenta uma explicação simplificada da Teoria da Relatividade Geral, mostrando como a massa de corpos maciços deforma o espaço-tempo, o que pode ser observado no desvio da trajetória da luz no seu entorno.

2 - GUTMANN, Friederich; OLIVEIRA, Newton. Efeito Fotoelétrico. Disponível em: <http://200.17.141.35/ladmello/fisicamoderna/Fotoeletrico.pdf> . Acesso em: 19 ago. 2015.

   O efeito fotoelétrico foi estudado por muitos pesquisadores. Ele consiste na emissão de elétrons induzida pela ação de luz. Este efeito pode ser observado utilizando uma lâmina de zinco ligada a um eletroscópio de folhas. 
   A partir de vários estudos, Einstein, em 1905, rompendo as teorias clássicas demonstrou que o resultado experimental poderia ser explicado se a energia luminosa não fosse distribuída continuamente no espaço, mas sim se está fosse quantizada como pequenos pulsos denominados fótons. 
   Para que esta teoria de Einstein fosse aceita foi necessário mais de 10 anos. Porém, em função dessa descoberta e de sua contribuição à física teórica, Einstein recebeu o prêmio Nobel da Física. 

Vídeo: 

“Efeito fotoelétrico” https://www.youtube.com/watch?v=G 6YfSsrOewI&feature=youtu.be
 Neste vídeo, o professor Thomas Braun demonstra experimentalmente o efeito fotoelétrico, que retira elétrons dos metais, explicado por Einstein em 1905, o que lhe rendeu o prêmio Nobel da Física em 1921.

3 - PACIEVITCH, Thais. Albert Einstein. Disponível em: <http://infoescola.com/biografias/albert-einsten/>. Acesso em: 19 ago. 2015. 

   Albert Einstein nasceu em 14/03/1878, em Ulm, Alemanha, filho de judeus. Nos primeiros anos de vida, teve um desenvolvimento tardio e não se destacava pelas notas na escola. Entretanto, aos 9 anos de idade, passou a se interessar por geometria e álgebra, progredindo rapidamente, de modo que, com 12 anos já era considerado um gênio da matemática. Foi um grande problema para seus professores, pois estes não sabiam responder as suas perguntas. Aos 16 anos, abandonou a religião judaica. 
   Em 1900, graduou-se no Instituto Politécnico de Zurique com as mais altas notas. Em 1905, publicou diversos trabalhos, entre eles o fenômeno fotoelétrico e os primeiros esboços sobre a teoria da relatividade. Em seguida, investigou o processo massa-energia, chegando na sua mais conhecida fórmula E=m.c². Começou a trabalhar na universidade de Zurique em 1909, casou-se com Elsa Einstein em 1914 e, no ano seguinte, completou o desenvolvimento da teoria da relatividade. 
   Ganhou o prêmio Nobel da física em 1921, e em 1933 foi obrigado a deixar a Alemanha como perseguido pelo regime nazista, passando a viver nos EUA até a morte em 18/04/1955 devido a um aneurisma na aorta abdominal, após ter organizado seus próprios assuntos funerários. 




 Vídeo: 

“Albert Einstein - Biografia e a Teoria da Relatividade” https://www.youtube.com/watch?v=kq138in _kR4&feature=youtu.be 
 Este vídeo mostra a biografia do físico alemão Albert Einstein desde seu nascimento, seu desenvolvimento escolar e seus trabalhos no meio científico, o que o tornou um dos maiores gênios de todos os tempos.

DEFINIÇÕES: 

  •  Paradigmas: “Paradigmas são os modelos de produção do conhecimento durante um período. O mundo ocidental conheceu ao menos quatro paradigmas relevantes ao longo da história. Teve quatro formas diferentes de apresentação da produção do conhecimento, ou seja, quatro caracterizações sobre o que é verdade. Vejamos quais foram elas esquematicamente: 
1° Paradigma: O primeiro paradigma foi aquele vivenciado pelo mundo grecoromano, conhecido também como paradigma indiciário, já que a verdade assentava-se em indícios. A verdade tinha uma forte relação com a capacidade argumentativa e o mundo não apresentava uma concepção concreta de início, meio e fim. Cabia convencer o outro que me ouvia. Dessa forma a retórica possuía uma grande importância. Foram característicos desse período os mitos, que muitas vezes eram voltados para questões do cotidiano das pessoas, revestidos de um conjunto de alegorias e elementos da imaginação.

2° Paradigma: O segundo paradigma foi o judaico-cristão, tendo como um dos seus grandes percursores Santo Agostinho. Além da troca de um conjunto de deuses por um único Deus onipotente e onipresente, criou-se também a concepção de que o mundo tem começo, meio e fim. A partir das contribuições de São Thomas de Aquino a igreja é consolidada enquanto depositária do saber e a Terra e o homem passam a serem vistos como o centro do universo. Aqui se inicia a separação entre homem e natureza que depois também será relevante nas correntes positivistas.  

3° Paradigma: O terceiro paradigma, no caso o científico-moderno, dá seus passos iniciais no século XIV, ganha força e legitimidade no século XIX e começa a sofrer críticas a partir da metade do século XX, sobretudo no fim do século XX e no início do século XXI. Temos a retirada do homem e da Terra do centro do universo, a partir das teorias de Giordano Bruno e Galileu Galilei até a prática da fundamentação e a aceitação apenas daquilo que seja comprovado experimentalmente como verdade, com Descartes. No século XIX essa prática da busca da razão, e consequentemente da busca da verdade, que se dá através do experimento e da submissão da explicação à prova, ganha ainda mais força. Nessa época tornam-se características as correntes de pensamento positivistas e a ciência é a alavanca para a industrialização e para o “desenvolvimento”. Temos aqui as universidades como centro da produção do conhecimento e da verdade

4° Paradigma (?): Esse paradigma que ainda não se constitui e que se mostra mais através de especulações, ainda não apresenta uma proposta de nova verdade concreta e que possa ser definida. Sua função até hoje tem sido no sentido de criticar a modernidade, apontando que, além de essa não ter tido um real compromisso com a verdade, gerou grandes problemas e colocou em risco a própria continuidade da existência da vida na Terra.” (COSTA;TONELO, 2015) 

 Iluminismo 

   “Surgiu com a ideia de livrar os homens das trevas (antigo regime) por meio da razão (luz). Os iluministas acreditavam que Deus estava presente na natureza e também no próprio indivíduo, sendo possível descobri-lo por meio da razão. É o nome que se dá à ideologia que foi sendo desenvolvida e incorporada pela burguesia da Europa, a partir das lutas revolucionárias do final do século XVIII. Apesar disso, o iluminismo não foi apenas um movimento ideológico, mas também político, potenciado pela Revolução Francesa.
   O iluminismo foi um movimento que teve seu ponto de partida na dúvida e na insatisfação, que eram constantes na Europa, nas duas últimas décadas do século XVIII.
   Na França, onde o movimento teve maior expressão, os limites feudais se chocavam com o desenvolvimento do capitalismo emergente. A burguesia, liderando camponeses e operários, se lançou contra a nobreza e o clero e assumiram a direção do movimento. As lutas sociais, o desenvolvimento da burguesia e de seus negócios e a crença na racionalidade chegaram ao auge na propagação dos ideais iluministas, estes levados pela onda da Revolução Francesa.
   Um dos maiores nomes do iluminismo foi o francês Voltaire, que criticava a Igreja e o clero e os resquícios da servidão feudal. Porém, acreditava na presença de Deus na natureza e no homem, que podia descobri-lo por meio da razão, daí a ideia de tolerância e de uma religião baseada na crença em um ser supremo. Acreditava na livre expressão, condenando a censura. Criticava a guerra e acreditava nas reformas, que realizadas sob a orientação dos filósofos, podiam resultar em um governo progressista.
   Montesquieu, que era aristocrata, afirmava que cada país deveria ter um tipo de instituição política, de acordo com o seu progresso econômico-social. Sua contribuição mais conhecida foi a doutrina dos três poderes, em que defendia a divisão da autoridade governamental em três instâncias: executivo, legislativo e judiciário, cada um deles deveria agir de modo a limitar a força dos outros dois.
   Jean Jacques Rousseau foi o mais radical e popular dos filósofos. Criticava a sociedade privada, idealizava uma sociedade de pequenos produtores independentes. Defendeu a tese da bondade natural dos indivíduos, pervertidos pela civilização. Propunha uma vida familiar simples, uma sociedade baseada na justiça, igualdade e soberania do povo.” (GUIMARÃES; CABRAL, 2015)

  Positivismo 

   O positivismo foi o termo escolhido por Auguste Comte para designar a corrente filosófica que tinha o culto da ciência e os métodos científicos como seus pilares principais. Guiado pela ciência e pela técnica, o positivismo crê no progresso do sistema capitalista e nos benefícios gerados pela industrialização. Fora isso, prega a necessidade de uma reorganização da sociedade. Esta reestruturação seria apenas de ordem intelectual, de acordo com Comte, seria uma revolução de idéias e não de instituições sociais. 
   O positivismo sofreu influência de outros pensadores franceses contemporâneos a Comte como Saint-Simon e Proudhon. No pensamento positivista existem três estados de evolução histórica do conhecimento: estado teológico, metafísico e positivo. 
   O estado teológico seria o ponto de partida da inteligência adquirida pelos seres humanos. “No estado teológico, o espírito humano, dirigindo-se essencialmente suas investigações para a natureza íntima dos seres, as causas primeiras e finais de todos os efeitos que o tocam (...) apresenta os fenômenos como produzidos pela ação direta e continua de agentes sobrenaturais”, disse Comte sobre o primeiro estado no Curso de Filosofia Positiva. 
   Já sobre o segundo estado (metafísico), que seria uma transição entre o teológico e o positivo, Comte afirma que “os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas”.
    No último estado, o positivo, Comte acredita estar a evolução racional da humanidade. Ele explica que neste estágio “a explicação dos fatos, reduzida então a seus termos reais, se resume de agora em diante na relação estabelecida entre os diversos fenômenos particulares e alguns fatos gerais, cujo número e progresso da ciência tende cada vez mais a diminuir. 

  Neopositivismo 

   “O neopositivismo foi uma corrente filosófica de matriz empirista, e que considera que a grande tarefa da filosofia é a análise da linguagem, acabando com os pseudo-problemas filosóficos. Uma das formas mais conhecidas atualmente desta corrente é a filosofia analítica. 
   O neopositivismo defende a adoção do método científico nas ciências sociais, preferindo modelos experimentais com teste de hipóteses, tendo como objetivo último, a formulação de teorias explicativas de relações causais.
   Ele também rejeita a metafísica (TRIVIÑOS, p. 37), mas por razões diferentes das sustentadas por Comte: não acha que o conhecimento metafísico deva ser rejeitado porque seja falso, mas porque suas proposições carecem de significado. E esta é uma das muitas diferenças que se podem estabelecer entre o positivismo clássico e o neopositivismo.
   Para o neopositivista, o conhecimento não cria apenas generalizações indutivas. As leis da lógica independem da experiência. São a priori, sintéticas, puramente tautológicas; todavia nada significam de novo. São como que regras de gramática, elaboradoras dos dados da experiência; são regras sintáticas, por sua vez apoiadas em princípios convencionados arbitrariamente. Tudo é pura posição (Setzung).
   O neopositivismo é um formalismo entre o positivismo clássico e o kantismo. Neste, no kantismo, os juízos sintéticos não são todavia tautológicos, como no neopositivismo, no qual os enunciados não ultrapassam a tautologia. Por isso, a filosofia, para o neopositivista, não é mais do que o estudo da sintaxe lógica dos enunciados científicos. Criando um sistema de signos, estes são os termos da linguagem científica.
   Observa que foi o positivismo lógico ou neopositivismo que formulou o “princípio da verificação” (demonstração da verdade): será verdadeiro aquilo que é empiricamente verificável, ou seja, toda a observação sobre o mundo deve ser confrontada com o dado. Esta visão manifestou-se como uma das principais limitações do positivismo lógico, e foi levantada por Karl Popper, integrante do círculo de Viena.” (TREVISAN, 2006) 

REFERÊNCIAS: 

  •  COSTA, André Galindo da; TONELO, Daniel. Filosofia da ciência e mudanças de paradigma: uma breve revisão da literatura. Disponível em: <http://www.fclar.unesp.br/home/Departamentos/AdministracaoPublica/RevistaTemasdeAdministracaoPublica/andregalindodanieltonelo.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2015 ás 15:23.
  •   GUIMARÃES, Dilva; CABRAL, Paulo. Significado de Iluminismo. Disponível em: <http://www.significados.com.br/sobre/> . Acesso em: 24 ago. 2015 ás 16:14.
  •   SILVEIRA, Cássio Guilherme Reis. Texto de Filosofia. Disponível em: <http://www.doutrina.linear.com.br/Cientifico/Religi%E3o_Filosofia/O%20que%20%E9%20Positivismo.htm> . Acesso em: 24 ago. 2015. 
  •  BOURDÉ, Guy e MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Lisboa: Editora Europa-América, 2000.  ARAUJO, Felipe. Ideologia Positivista. Disponível em: . Acesso em: 24 ago. 2015. Acesso ás 16:37 
  •  TREVISAN, Nanci Maziero. POSITIVISMO & PÓS-POSITIVISMO. 2006. Disponível em: <http://www2.metodista.br/unesco/GCSB/artigo_positivismo.htm> . Acesso em: 24 ago. 2015. Ás 17:36 

Como o desenvolvimento científico- tecnológico ocorrido a partir do século XV vem afetando o planeta, a vida humana e a sociedade moderna (séculos XIX e XX)?

   O desenvolvimento cientifico-tecnológico ocorrido a partir do século XV foi uma reformulação no modo de se constatar as ações humanas. A nova forma de pensar, comprovar e, principalmente, fazer ciência prosperou-se intensamente em um período que se prolongou até o fim do século XVII. Este período marcou uma ruptura com as práticas ditas científicas da Idade Média, fase em que a Igreja Católica ditava o conhecimento de acordo com os preceitos religiosos. Reforçada pelo Renascimento e estruturada na ciência e na tecnologia, a Revolução científica mudou significativamente a história da humanidade. Provou-se que a Terra é que girava em torno do Sol, a física explicou diversos comportamentos da natureza, a matemática descreveu verdades e o humanismo tornou os pensamentos mais críticos. 
   O surgimentos das primeiras indústrias na Inglaterra no século XVIII fez com que o desenvolvimento cientifico começasse a afetar o planeta Terra demasiadamente. Isso pelo fato de que iniciou-se a poluição, um dos grandes males da sociedade conteporânea (visto que um dos maiores desafios atualmente é a diminuição do efeito estufa). Assim, com o desenvolvimento acelerado da tecnologia e a mentalidade consumista do século XX imposta pelo capitalismo, surgiu o consumismo exacerbado da população. Isso causa até os dias atuais um grande impacto ambiental, tendo em vista a grande quantidade de lixo disperdiçado, a grande produção industrial (que consome matéria-prima), além da injusta competição entre as idústrias. 
   Com a revolução científica, a tecnologia teve uma ascenção incrível, como por exemplo, melhorando os meios de comunicações, os meios de locomoções e inúmeras inovações visando melhoria na qualidade de vida do ser humano. Assim, tal revolução afetou diretamente na vida humana e no convívio comum na sociedade. Isso trouxe mudaças que colhemos os frutos e sofremos as conseguências até hoje. 

Os 70 anos do uso da bomba atômica sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nasgasaki! Uma reflexão crítica 

   No dia 06 de agosto de 1945, os Estados Unidos da América lançou bombas atômicas sobre Hiroshima, e 3 dias depois foi a vez de Nagasaki conhecer o poder atômico dos americanos. Dentro dos primeiros 2-4 meses após os ataques, os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, problemas pulmonares e outras lesões. Um dos maiores problemas enfretado pós-ataque foi combater os efeitos da radiação, efeitos que, até então, nunca tinha sido estudado pelos japoneses. É preciso destacar ainda a fome e surtos epidêmicos de determinadas doenças (tuberculose, disenteria, hepatite etc.), bem como o surgimento de numerosas doenças de alterações psíquicas e psicossomáticas. Ainda hoje sente-se os efeitos causados pelas bombas atômicas. As pessoas que não morreram, foram expostas a uma devastadora radiação, a qual gerou lesões genéticas que foram transmitidas para os seus filhos, e filhos de seus filhos, e assim vai acontecer, também, às próximas gerações. A bomba não somente causou a morte de milhares de pessoas durante a explosão, mas causa a morte de pessoas até hoje, devido à radiação. Mais de 70 mil pessoas já foram mortas desde então, em consequência da exposição à radiação das bombas. 
   Uma parte do que se sabe, hoje em dia, sobre os efeitos da bomba atômica, não vem dos laboratórios, onde são realizados testes com radioatividade. Mas, sim, daqueles que conseguiram sobreviver aos horrores de Hiroshima e Nagasaki. Os hibakushas — palavra japonesa que significa "expostos à bomba" — conheceram de perto, ou dizendo da maneira correta, de baixo, as terríveis consequências de uma guerra nuclear. Nesse sentido, é preciso refletir sobre aquilo que entrou para o senso comum da história: a imagem da explosão da bomba atômica como um cogumelo gigante de fumaça. Dependendo do ponto de vista, ou melhor, dependendo do lugar em que a pessoa estivesse em relação à explosão da bomba, não era um cogumelo que seria visto. No que concerne a essa imagem, os hibakushas têm outra versão. Como eles dizem, a bomba atômica vista de baixo não é o cogumelo de fumaça, é o clarão.

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