terça-feira, 3 de novembro de 2015

Filosofia da Ciência e da Tecnologia

PESQUISA: Filosofia da Ciência e da Tecnologia

Integrantes do grupo: 
  • Susielen Nunes
  • Celia Sayuri Imamura
  • Isabela Gasparino Araújo



ARTIGOS E COMENTÁRIOS 

Artigo 1º: "Boaventura de Sousa Santos e a educação"



A modernidade estruturou a educação de uma forma ritualística, com exercícios, invocação de autoridade, silêncio e relações interpessoais formais, provocando alienação no professor e no aluno. Essa abordagem pedagógica, entretanto, ainda prevalece atualmente. O português Boaventura Souza traz então uma perspectiva diferenciada da educação, já que defende que a ciência aliada ao saber acadêmico são parceiros importantes para as lutas sociais, libertando o indivíduo através do conhecimento emancipatório.
A sociedade vive hoje uma transição entre os paradigmas das ciências moderna e pós-moderna, que não consegue corresponder às grandes expectativas da humanidade. Essa mudança, então, busca superar a fragmentação do conhecimento e suas consequências na formação da sociedade. Boaventura defende que o senso comum precisa ser superado e colocada uma ciência voltada para o bem social - direcionada para o bem coletivo.
Um novo modelo pedagógico, para Boaventura, alia o senso comum e o tradicionalismo elitista como mecanismos de superação para o desenvolvimento de outra forma de conhecimento. A pós-modernidade, então, cria espaços para o diálogo, que promove o abandono de dogmas, a partir de um ambiente interdisciplinar, onde a distância entre o conhecimento local e global é reduzida. Além disso, ele aborda que todo conhecimento está intimamente ligado ao sujeito, ou seja, a inseparação do produtor da fonte. O conhecimento não é criação, mas sim descoberta. O que descobrimos revela nossas crenças e verdades, que no fim identificada cada indivíduo. Conhecimento é autoconhecimento. Conforme tecemos as redes pessoais e coletivas aprendemos de maneira dinâmica, ao mesmo tempo em que modificamos trajetórias.
Boaventura percebe que os saberes populares englobam valores culturais, sociais e por vezes religiosos, então, marcados por práticas totalizantes, com uma visão integradora - uma possibilidade que pode substituir à racionalidade moderna, que, na escola, está estruturada em normas e regras que buscam a homogeneização, que acaba em perdas. Há a valorização de apenas um saber em detrimento daqueles vivenciados pelo sujeito.
Cabe então a urgência de se estabelecer um projeto de educação pós-moderno, que combata a desigualdade social e promova a emancipação dos indivíduos - conhecido como Projeto Educativo Emancipatório. Encarar a escola como um espaço permeado por saberes de diversos grupos sociais, identificando ausências e promovendo discussões recíprocas dos diversos conhecimentos, interrelacionando o saber dos professores e alunos, que pode levar a uma nova racionalidade e concepção de mundo - isso porque a atual organização curricular é linear, descontextualizada da vida real e não leva em consideração as experiências individuais e coletivas vivenciadas em diferentes comunidades, ou seja, o aluno não associa sua realidade ao conhecimento oferecido na sala de aula. É necessário encarar o conhecimento como algo transitório, construído diariamente, em que o erro é parte integrante do processo de aprendizagem.

Referência bibliográfica:
PIMENTEL, Angela Rodrigues Dias; FORDE, Gustavo Henrique Araújo. Boaventura de Sousa Santos e a educação. Pró-discente, Vitória, v. 17, n. 2, p.15-26, jul. 2011.

Comentário sobre o texto:
A escola é também um espaço social, onde os conhecimentos pessoais e coletivos, advindos do senso comum, devem ser debatidos, identificando ausências e levantando soluções. O aluno não pode ter seu conhecimento pedagógico separado do contexto social em que vive. É preciso que haja uma conexão, porque assim o saber passa a ser libertador, provocando uma emancipação e preparando o cidadão para as lutas e ações no ambiente em que vive. 

Artigo 2º: "Comentário sobre a entrevista Boaventura, de A à Z"

Em entrevista dada ao jornal de letras, Boaventura vai atribuindo, de A à Z, palavras que lhe veem a mente, ele passa pelo B, onde ele diz B de Brasil, país onde nasceu o Foro Social Mundial, citando a figura do ex-presidente Luiz Inácio, cuja glória para Boaventura foi ter dado ao capitalismo um rosto mais humano. Ele cita o programa bolsa-família e anda faz uma reflexão sobre a dívida social frente aos afrodescendentes e indígenas. Ele fala sobre a epistemologia, onde propõe a produção e a valorização de conhecimentos, sejam eles científicos ou não científicos, isso por meio de relações entre diferentes tipos de conhecimentos considerando práticas, experiências e vivencias de grupos sociais que tem sido oprimido pelo capitalismo, ele chama esse conceito também de Epistemologia do Sul, onde o termo do sul designa uma metáfora que para o sofrimento injusto causado pela opressão.
É interessante sua colocação sobre o S, onde ele vem com a palavra saberes, que para Boaventura só tem significado nas relações sociais. Ele diz que hoje o saber está preso a um rigor pragmático, que possui pouco conhecimento sobre o sentido da vida, da felicidade e da justiça. Ele diz que os saberes hoje são eufóricos quanto aos seus benefícios, mas agnósticos quanto os seus malefícios. Mas, ele completa dizendo que essa sua característica, faz com os saberes reconheçam seus limites, estando a ciência moderna não como exclusiva, mas sim como parte importante da ecologia dos saberes.

Referência Bibliográfica:  SOUSA, Boaventura de. Dicionário pessoal: Boaventura de A à Z. Jornal de Letras. Coimbra, p. 30-31. jan. 2011. Disponível em: <http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/Dicionário Pessoal. Jornal de Letras_Jan2011.PDF>. Acesso em: 20 out. 2015

Artigo 3º: "Teoria do caos"

Referência bibliográfica: http://www.professores.uff.br/salete/caos.htm

Comentário:
Esse artigo mostra a teoria do caos de uma outra perspectiva. Sai no âmbito filosófico e parte para área de exatas. Pois a teoria do caos pode ser aplicada até mesmo para logística e administração de empresas.


Imagem e Comentários 


Imagem 1


Comentário: 

É fundamental provocar o debate no ambiente escolar, especialmente porque cada aluno traz consigo experiências sociais distintas – e a construção de um mundo igualitário se faz quando esses sujeitos de realidades tão diferentes se unem para pensar modelos e projetos inovadores, capazes de englobar a todos, partindo do coletivo e não do individual. E é por meio da educação que o ser humano se arma para transformar o espaço social.

Imagem 2

Comentário:

Na tirinha vemos com humor a teoria de que poderia um bater de asas de uma borboleta no Brasil causar um tufão no Texas?

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Videos e Comentário

Vídeo 1


Comentário sobre o vídeo
“Os saberes são incompletos”. É necessário encarar o conhecimento científico como algo mutável e em constante modificação. A modernidade, infelizmente, prioriza conhecimentos em detrimento de outros, ou seja, o capitalismo homogeneíza o saber e prioriza áreas, diminuindo o saber popular, carregado de experiências sociais e culturais. 

Vídeo 2


Comentário sobre o vídeo
Esse vídeo traz imagens e outros pequenos vídeos mostrando como tudo é interligado. Um pequeno acidente pode causar outros em proporções absurdas.

Vídeo 3


Comentário sobre o vídeo
Neste vídeo temos um exemplo e uma explicação sobre a teoria do caos, de forma bem sucinta e clara.

QUESTÕES 

4- Caracterização de:
·         Teoria do Caos: É uma das leis mais importantes do Universo, presente na essência de quase tudo o que nos cerca. A idéia central da teoria do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. Parece assustador, mas é só dar uma olhada nos fenômenos mais casuais da vida para notar que essa idéia faz sentido. Esse tipo de imprevisibilidade nunca foi segredo, mas a coisa ganhou ares de estudo científico sério no início da década de 1960, quando o meteorologista americano Edward Lorenz descobriu que fenômenos aparentemente simples têm um comportamento tão caótico quanto a vida. Ele chegou a essa conclusão ao testar um programa de computador que simulava o movimento de massas de ar. Um dia, Lorenz teclou um dos números que alimentava os cálculos da máquina com algumas casas decimais a menos, esperando que o resultado mudasse pouco. Mas a alteração insignificante, transformou completamente o padrão das massas de ar. Para Lorenz, era como se "o bater das asas de uma borboleta no Brasil causasse, tempos depois, um tornado no Texas". Com base nessas observações, ele formulou equações que mostravam o tal "efeito borboleta".
·         Pós-modernidade: O pós-modernismo pode ser definido como as características de natureza sócio-cultural e estética, que marcam o capitalismo da era contemporânea, portanto esta expressão pode designar todas as profundas modificações que se desenrolam nas esferas científica, artística e social, dos anos 50 até os dias atuais. Este movimento, que também pode ser chamado de pós-industrial ou financeiro, predomina mundialmente desde o fim do Modernismo. Ele é, sem dúvida, caracterizado pela avalanche recente de inovações tecnológicas, pela subversão dos meios de comunicação e da informática, com a crescente influência do universo virtual, e pelo desmedido apelo consumista que seduz o homem pós-moderno.Não é fácil, porém, definir exatamente o sentido deste termo, seu alcance e, principalmente, os limites temporais, pois os pesquisadores carecem justamente do imprescindível distanciamento histórico para melhor analisá-lo, o que é muito difícil, já que o Pós-Modernismo é um processo ainda em desenvolvimento no contexto histórico em que vivemos.
·         Cibercultura:  é naturalmente uma forma de cultura surgida junto com o desenvolvimento das tecnologias digitais, que por sua vez ganha cada vez mais espaço entre a sociedade moderna o que leva consequentemente, a sua maior presença em todo o mundo, essa forma de cultura não é, em resumo, nada mais que uma grande ligação, disseminação e interação entre, praticamente, todas as formas de cultura existentes em todo o mundo. Ou seja, a Cibercultura é a cultura contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais. Ela é o que se vive hoje. Home banking, cartões inteligentes, voto eletrônico, pages, palms, imposto de renda via rede, inscrições via internet, etc. provam que a Cibercultura está presente na vida cotidiana de cada indivíduo.
·         Holismo: A palavra “holismo” vem do grego “holos” que significa “todo”, “inteiro”, “completo”, e é usada para designar um modo de pensar, ou considerar a realidade, segundo a qual nada pode ser explicado pela mera ordenação ou disposição das partes, mas antes pelas relações que elas mantém entre si e com o próprio todo. As realidades poderiam ser entendidas em dois estágios: o primeiro seria o “todo" e este, por sua vez, seria composto por partes distintas porém inter-relacionadas, apenas compreensíveis dentro do contexto do “todo”. Em 1926 a palavra “holismo” foi empregada por Jan Christian Smuts em seu livro “Holism and Evolution” (Holismo e Evolução), porém com uma definição bem mais abrangente do que a empregada atualmente. Mas o holismo só tomou força a partir da década de 80 quando passou a ser empregado para tentar explicar um novo paradigma que deveria ser empregado a fim de anular os diversos distúrbios causados pelo homem na natureza. Por isso, o holismo é freqüentemente associado a discursos ambientalistas.
5- Caminhamos para o mal? Acreditar que o mundo caminha para a perdição parece mais uma crença religiosa do que dados reais e concretos. Não podemos deixar de notar as coisas negativas e chulas que encontramos no caminho; entretanto podemos ver em larga escala que o mundo não esta perdido. Nós somos bombardeados de informações todos os dias, a cada segundo recebemos mais e mais informações. Dizer que não há posicionamento critico é claramente um erro; já que na verdade vemos grandes conflitos e discussões por terem bases criticas tão enraizadas que não se podem mais mudar. Talvez a globalização só tenha tirado o grande tapa olho do mundo, deixando a vista todos os problemas. Deixando descoberto os grandes crimes contra a sociedade; e então o que parece ser que o mundo esta caminhando para o caos nada mais é o que sempre foi. E portanto nos deparamos com a oportunidade de mudar, e fazer melhor, transforma-lo e não mais encobertar.


6- No mundo pos moderno o papel da ciência e tecnologia é como o ar ou a agua. O que seria de nós sem esses elementos? É verdade que houve um tempo em que o homem não precisava de tanta tecnologia e conseguia viver. Entretanto, por sua sede de querer mais e mais do conhecimento chegamos em um ponto que a tecnologia faz parte de nós e a ciência não para de evoluir e nos surpreender. 

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