Integrantes do grupo:
- Susielen Nunes
- Celia Sayuri Imamura
- Isabela Gasparino Araújo
ARTIGOS E COMENTÁRIOS
Artigo 1º: "Boaventura de Sousa
Santos e a educação"
A modernidade
estruturou a educação de uma forma ritualística, com exercícios, invocação de
autoridade, silêncio e relações interpessoais formais, provocando alienação no
professor e no aluno. Essa abordagem pedagógica, entretanto, ainda prevalece
atualmente. O português Boaventura Souza traz então uma perspectiva
diferenciada da educação, já que defende que a ciência aliada ao saber
acadêmico são parceiros importantes para as lutas sociais, libertando o
indivíduo através do conhecimento emancipatório.
A sociedade
vive hoje uma transição entre os paradigmas das ciências moderna e pós-moderna,
que não consegue corresponder às grandes expectativas da humanidade. Essa
mudança, então, busca superar a fragmentação do conhecimento e suas
consequências na formação da sociedade. Boaventura defende que o senso comum
precisa ser superado e colocada uma ciência voltada para o bem social -
direcionada para o bem coletivo.
Um novo
modelo pedagógico, para Boaventura, alia o senso comum e o tradicionalismo
elitista como mecanismos de superação para o desenvolvimento de outra forma de
conhecimento. A pós-modernidade, então, cria espaços para o diálogo, que
promove o abandono de dogmas, a partir de um ambiente interdisciplinar, onde a
distância entre o conhecimento local e global é reduzida. Além disso, ele
aborda que todo conhecimento está intimamente ligado ao sujeito, ou seja, a
inseparação do produtor da fonte. O conhecimento não é criação, mas sim
descoberta. O que descobrimos revela nossas crenças e verdades, que no fim
identificada cada indivíduo. Conhecimento é autoconhecimento. Conforme tecemos
as redes pessoais e coletivas aprendemos de maneira dinâmica, ao mesmo tempo em
que modificamos trajetórias.
Boaventura
percebe que os saberes populares englobam valores culturais, sociais e por
vezes religiosos, então, marcados por práticas totalizantes, com uma visão
integradora - uma possibilidade que pode substituir à racionalidade moderna,
que, na escola, está estruturada em normas e regras que buscam a
homogeneização, que acaba em perdas. Há a valorização de apenas um saber em
detrimento daqueles vivenciados pelo sujeito.
Cabe então a
urgência de se estabelecer um projeto de educação pós-moderno, que combata a
desigualdade social e promova a emancipação dos indivíduos - conhecido como
Projeto Educativo Emancipatório. Encarar a escola como um espaço permeado por
saberes de diversos grupos sociais, identificando ausências e promovendo
discussões recíprocas dos diversos conhecimentos, interrelacionando o saber dos
professores e alunos, que pode levar a uma nova racionalidade e concepção de
mundo - isso porque a atual organização curricular é linear, descontextualizada
da vida real e não leva em consideração as experiências individuais e coletivas
vivenciadas em diferentes comunidades, ou seja, o aluno não associa sua
realidade ao conhecimento oferecido na sala de aula. É necessário encarar o
conhecimento como algo transitório, construído diariamente, em que o erro é
parte integrante do processo de aprendizagem.
Referência bibliográfica:
PIMENTEL,
Angela Rodrigues Dias; FORDE, Gustavo Henrique Araújo. Boaventura de Sousa
Santos e a educação. Pró-discente,
Vitória, v. 17, n. 2, p.15-26, jul. 2011.
Comentário sobre o texto:
A escola é
também um espaço social, onde os conhecimentos pessoais e coletivos, advindos
do senso comum, devem ser debatidos, identificando ausências e levantando
soluções. O aluno não pode ter seu conhecimento pedagógico separado do contexto
social em que vive. É preciso que haja uma conexão, porque assim o saber passa
a ser libertador, provocando uma emancipação e preparando o cidadão para as
lutas e ações no ambiente em que vive.
Artigo 2º: "Comentário sobre a entrevista Boaventura,
de A à Z"
Em
entrevista dada ao jornal de letras, Boaventura vai atribuindo, de A à Z,
palavras que lhe veem a mente, ele passa pelo B, onde ele diz B de Brasil, país
onde nasceu o Foro Social Mundial, citando a figura do ex-presidente Luiz
Inácio, cuja glória para Boaventura foi ter dado ao capitalismo um rosto mais
humano. Ele cita o programa bolsa-família e anda faz uma reflexão sobre a
dívida social frente aos afrodescendentes e indígenas. Ele fala sobre a
epistemologia, onde propõe a produção e a valorização de conhecimentos, sejam
eles científicos ou não científicos, isso por meio de relações entre diferentes
tipos de conhecimentos considerando práticas, experiências e vivencias de
grupos sociais que tem sido oprimido pelo capitalismo, ele chama esse conceito
também de Epistemologia do Sul, onde o termo do sul designa uma metáfora que
para o sofrimento injusto causado pela opressão.
É
interessante sua colocação sobre o S, onde ele vem com a palavra saberes, que
para Boaventura só tem significado nas relações sociais. Ele diz que hoje o
saber está preso a um rigor pragmático, que possui pouco conhecimento sobre o
sentido da vida, da felicidade e da justiça. Ele diz que os saberes hoje são
eufóricos quanto aos seus benefícios, mas agnósticos quanto os seus malefícios.
Mas, ele completa dizendo que essa sua característica, faz com os saberes
reconheçam seus limites, estando a ciência moderna não como exclusiva, mas sim
como parte importante da ecologia dos saberes.
Referência Bibliográfica: SOUSA, Boaventura de. Dicionário pessoal: Boaventura de A à Z. Jornal de Letras. Coimbra, p. 30-31. jan. 2011. Disponível em: <http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/Dicionário Pessoal. Jornal de Letras_Jan2011.PDF>. Acesso em: 20 out. 2015
Artigo 3º: "Teoria do caos"
Referência bibliográfica: http://www.professores.uff.br/salete/caos.htm
Comentário:
Esse
artigo mostra a teoria do caos de uma outra perspectiva. Sai no âmbito
filosófico e parte para área de exatas. Pois a teoria do caos pode ser aplicada
até mesmo para logística e administração de empresas.
Imagem e Comentários
Imagem 1
Comentário:
É fundamental
provocar o debate no ambiente escolar, especialmente porque cada aluno traz
consigo experiências sociais distintas – e a construção de um mundo igualitário
se faz quando esses sujeitos de realidades tão diferentes se unem para pensar
modelos e projetos inovadores, capazes de englobar a todos, partindo do
coletivo e não do individual. E é por meio da educação que o ser humano se arma
para transformar o espaço social.
Imagem 2
Comentário:
Na tirinha vemos com humor a teoria de que poderia um bater de asas de uma
borboleta no Brasil causar um tufão no Texas?
Imagem 3
Videos e Comentário
Vídeo 1
Comentário sobre o vídeo
“Os saberes
são incompletos”. É necessário encarar o conhecimento científico como algo
mutável e em constante modificação. A modernidade, infelizmente, prioriza
conhecimentos em detrimento de outros, ou seja, o capitalismo homogeneíza o
saber e prioriza áreas, diminuindo o saber popular, carregado de experiências
sociais e culturais.
Vídeo 2
Comentário sobre o vídeo
Esse vídeo traz imagens e outros pequenos
vídeos mostrando como tudo é interligado. Um pequeno acidente pode causar
outros em proporções absurdas.
Vídeo 3
Comentário sobre o vídeo
Neste vídeo temos um exemplo e uma explicação sobre a teoria do caos, de forma
bem sucinta e clara.
QUESTÕES
QUESTÕES
4- Caracterização de:
·
Teoria do Caos:
É uma das leis mais importantes do Universo,
presente na essência de quase tudo o que nos cerca. A idéia central da teoria
do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer
consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais
eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. Parece assustador,
mas é só dar uma olhada nos fenômenos mais casuais da vida para notar que essa
idéia faz sentido. Esse tipo de imprevisibilidade nunca foi segredo, mas a
coisa ganhou ares de estudo científico sério no início da década de 1960,
quando o meteorologista americano Edward Lorenz descobriu que fenômenos
aparentemente simples têm um comportamento tão caótico quanto a vida. Ele
chegou a essa conclusão ao testar um programa de computador que simulava o
movimento de massas de ar. Um dia, Lorenz teclou um dos números que alimentava
os cálculos da máquina com algumas casas decimais a menos, esperando que o
resultado mudasse pouco. Mas a alteração insignificante, transformou
completamente o padrão das massas de ar. Para Lorenz, era como se "o bater
das asas de uma borboleta no Brasil causasse, tempos depois, um tornado no
Texas". Com base nessas observações, ele formulou equações que mostravam o
tal "efeito borboleta".
·
Pós-modernidade:
O pós-modernismo pode ser definido como as
características de natureza sócio-cultural e estética, que marcam o capitalismo
da era contemporânea, portanto esta expressão pode designar todas as profundas
modificações que se desenrolam nas esferas científica, artística e social, dos
anos 50 até os dias atuais. Este movimento, que também pode ser chamado de
pós-industrial ou financeiro, predomina mundialmente desde o fim do Modernismo. Ele é, sem dúvida,
caracterizado pela avalanche recente de inovações tecnológicas, pela subversão
dos meios de comunicação e da informática, com a crescente influência do
universo virtual, e pelo desmedido apelo consumista que seduz o homem
pós-moderno.Não é fácil, porém, definir exatamente o sentido deste termo, seu
alcance e, principalmente, os limites temporais, pois os pesquisadores carecem
justamente do imprescindível distanciamento histórico para melhor analisá-lo, o
que é muito difícil, já que o Pós-Modernismo é um processo ainda em
desenvolvimento no contexto histórico em que vivemos.
·
Cibercultura: é naturalmente uma forma de
cultura surgida junto com o desenvolvimento das
tecnologias digitais, que por sua vez ganha cada vez mais espaço entre a
sociedade moderna o que leva consequentemente, a sua maior presença em todo o
mundo, essa forma de cultura não é, em resumo, nada mais que uma grande
ligação, disseminação e interação entre, praticamente, todas as formas de
cultura existentes em todo o mundo. Ou seja, a Cibercultura é a cultura
contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais. Ela é o que se
vive hoje. Home banking, cartões inteligentes, voto eletrônico, pages, palms,
imposto de renda via rede, inscrições via internet, etc. provam que a
Cibercultura está presente na vida cotidiana de cada indivíduo.
·
Holismo: A palavra “holismo” vem do grego “holos” que
significa “todo”, “inteiro”, “completo”, e é usada para designar um modo de
pensar, ou considerar a realidade, segundo a qual nada pode ser explicado pela
mera ordenação ou disposição das partes, mas antes pelas relações que elas
mantém entre si e com o próprio todo. As realidades poderiam ser entendidas em
dois estágios: o primeiro seria o “todo" e este, por sua vez, seria
composto por partes distintas porém inter-relacionadas, apenas compreensíveis
dentro do contexto do “todo”. Em 1926 a palavra “holismo” foi empregada por Jan
Christian Smuts em seu livro “Holism and Evolution” (Holismo e Evolução), porém
com uma definição bem mais abrangente do que a empregada atualmente. Mas o
holismo só tomou força a partir da década de 80 quando passou a ser empregado
para tentar explicar um novo paradigma que deveria ser empregado a fim de
anular os diversos distúrbios causados pelo homem na natureza. Por isso, o
holismo é freqüentemente associado a discursos ambientalistas.
5- Caminhamos para o
mal? Acreditar que o mundo caminha para a perdição parece mais uma crença
religiosa do que dados reais e concretos. Não podemos deixar de notar as coisas
negativas e chulas que encontramos no caminho; entretanto podemos ver em larga
escala que o mundo não esta perdido. Nós somos bombardeados de informações todos
os dias, a cada segundo recebemos mais e mais informações. Dizer que não há
posicionamento critico é claramente um erro; já que na verdade vemos grandes
conflitos e discussões por terem bases criticas tão enraizadas que não se podem
mais mudar. Talvez a globalização só tenha tirado o grande tapa olho do mundo,
deixando a vista todos os problemas. Deixando descoberto os grandes crimes
contra a sociedade; e então o que parece ser que o mundo esta caminhando para o
caos nada mais é o que sempre foi. E portanto nos deparamos com a oportunidade
de mudar, e fazer melhor, transforma-lo e não mais encobertar.
6- No mundo pos
moderno o papel da ciência e tecnologia é como o ar ou a agua. O que seria de
nós sem esses elementos? É verdade que houve um tempo em que o homem não
precisava de tanta tecnologia e conseguia viver. Entretanto, por sua sede de
querer mais e mais do conhecimento chegamos em um ponto que a tecnologia faz
parte de nós e a ciência não para de evoluir e nos surpreender.



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