segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Pesquisa: A DISCUSSÃO FILOSÓFICA DA MODERNIDADE E DA PÓS – MODERNIDADE

Integrantes do grupo:

  • Arthur Saboia
  • Beatriz Graciano
  • Jenifer Bruna Lacerda
  • Leonardo Bonani
Texto 1 - A DISCUSSÃO FILOSÓFICA DA MODERNIDADE E DA PÓS – MODERNIDADE



Resumo:
Este trabalho faz uma reflexão filosófica sobre a modernidade e pós-modernidade e os seus impactos sobre o sujeito. Em primeiro instante, será abordado como a ideia de modernidade e sujeito foi forjada a partir de Descartes. Em seguida, discorre-se acerca do sujeito e a pós modernidade na concepção de Lipovetsky e como o esvaziamento do sujeito na sociedade do prazer e bem-estar dissolve os valores deixados pela modernidade ocasionando um universo sem referenciais, sem sentido e sem objetivo.

Comentário:

O artigo mostra a evolução do pensamento e modo de agir a partir do sujeito. Para isso, são citados grandes nomes como Focault, Descartes, Touraine, Kant, Habermas, Nietzsche, Lipovetsky. Aprofunda-se a respeito da descoberta do sujeito e sua associação com o pós-modernismo.

Texto 2 - REFLEXÕES SOBRE O PARADIGMA HOLISTICO E HOLISMO E SAÚDE 


Resumo:
Trata-se da reflexão sobre o paradigma holístico e sua constituição no âmbito das ciências. Apresenta seus princípios fundamentais e discute sua inserção na saúde. Holismo e saúde surge como desafio para o novo milênio. Destaca os eventos importantes que apontam o paradigma como novo rumo para a humanidade. Faz uma reflexão sobre suas bases, pressupostos e conceitos gerais.  

Comentário:
O artigo comenta sobre o surgimento de um novo paradigma, o paradigma holistico, esse paradigma busca uma nova visão, que propõe a totalidade em oposição à fragmentção. No âmbito da medicina e saúde, a holistica precisa ser estudada como um grande sistema, que envolve aspectos físicos, psicológicos, sociais e culturais, ha que se encontrar as pontes necessárias para unir tais saberes.

Texto 3 - Teoria do caos
Fonte: http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-esoa-1043.pdf

Para Gleick (1999) a teoria do caos envolve um conjunto de conceitos que teve sua origem nas chamadas hard sciences. A utilização de seus conceitos em outros campos da ciência já começou como se pode observar acompanhando a literatura recente a respeito. Como um historiador da ciência escreveu: O Caos rompe as fronteiras que separam as disciplinas cientificas. Por ser uma ciência da natureza global dos sistemas, reuniu pensadores de campos que estavam muito separados.
Apesar da apresentação do princípio da incerteza de Heizenberg em 1927, relacionado à mecânica quântica, somente após os anos sessenta aquilo que era considerado “ruído”, sob a perspectiva da busca da ordem determinística da natureza, passa a ser objeto de estudo. A Teoria do Caos surge com a idéia fundamental de que, em determinados sistemas, pequenas variações nas condições iniciais podem gerar grandes variações nos resultados finais. Trata-se do famoso “efeito borboleta” que recebeu o nome técnico de “dependência sensível das condições iniciais” (Gleick 1999: 20). A Teoria do Caos é uma disciplina científica em desenvolvimento, focalizada no estudo dos sistemas não-lineares complexos, cujas fronteiras não estão bem definidas. Portanto, o entendimento do caos está intrinsecamente relacionado com o entendimento de três termos básicos: sistemas, não-linearidade e complexidade (Ruelle: 1991). O termo sistema é uma relação de interdependência e inter-relacionamento entre partes. Um exemplo clássico é uma pilha de pedras. A inter-relação e a interdependência são vistas com mais facilidade quando se retira uma pedra da base, provocando um desmoronamento da pilha. O desmoronamento nada mais é do que uma reorganização na busca de um novo estado de equilíbrio. Naturalmente, o sistema é dinâmico, ou seja, a cada nova alteração na base, a pilha de pedra se reorganizará, procurando manter-se em equilíbrio. O segundo termo, não-linearidade, está relacionado à estrutura matemática utilizada para representar o comportamento do sistema real. Um modelo linear constitui-se na tentativa de estabelecer uma relação de proporcionalidade constante entre variáveis, ou seja, a mudança em uma variável causará uma alteração proporcional em outra variável e essa alteração pode ser representada por uma linha reta. Por outro lado, a não-linearidade significa ausência de proporcionalidade constante. Desse modo, a mudança em uma variável deverá produzir alterações não proporcionais em outra variável. No modelo não-linear, a melhor maneira de se identificar o relacionamento entre variáveis não é uma linha reta, mas sim, opções curvilíneas. O terceiro termo, complexidade, está relacionado com a dificuldade de se estruturar um modelo para predizer o comportamento de um sistema real. Por exemplo, é pouco complexo predizer o tempo necessário para se deslocar da cidade (A) para a cidade (B); salvo a interferência maligna do destino, o tempo necessário é dado pela razão entre a distância e a velocidade de deslocamento (t = d/v). Observa-se que uma parada para abastecimento ou uma possível troca de pneu, pode ser administrada e não causará uma grande distorção entre o tempo estimado e o tempo real. Caos na visão da Complexidade se refere ao comportamento de sistemas dinâmicos resultante da dependência sensitiva às condições iniciais. Assim ao contrario do que se poderia concluir intuitivamente, o comportamento caótico não esta relacionado com as influencias de fatores externos. O comportamento caótico tem origem interna ao próprio sistema. Portanto, na abordagem da complexidade, o caos representa um conceito diferente daquele que é comumente associado a esta palavra. (Giovannini 2002: 26). A Teoria do Caos aplicada ao contexto da administração dos negócios é chamada de complexidade. Esta teoria vê as empresas como sistemas altamente complexos onde a melhor maneira para alcançar controle é equilibrando-se no limite do caos, onde nem muitas restrições e nem total desordem é desejável (Eisenhardt & Brown, 1998; Beinhocker, 2000). Cabe lembrar que organizações são conjuntos de pessoas, as quais não agem da mesma maneira sem levar em conta a situação em questão. Na realidade, são sistemas complexos, mas auto-organizáveis, isto é, são pessoas agindo no sentido de fazer o que é certo, sabendo corretamente como e quando mudar as coisas (Stacey, 1993; Teteubaum, 1998). Em fazendo assim, elas encontram ordem no caos (Eisenhardt & Brown, 1998). A complexidade ajuda no entendimento de como uma organização deve mudar para ser capaz de lidar com ambientes complexos e imprevisíveis, conectando mudança, caos e a organização, estabelecendo novas estruturas de referência em administração estratégica e organizacional.

IMAGENS E COMENTÁRIOS 

Imagem 1
Comentário:
A imagem demonstra o sentimento de perca de identidade do sujeito caracterizando um vazio existencial, fenômeno que aparece na pós-modernidade. A dinamicidade e o individualismo do contexto atual fazem com que se crie essa “era do vazio”, levando muitas vezes ao suicídio ou às drogas.

Imagem 2


Comentário:

Na imagem vemos uma estrela de seis pontas, em cada ponta esta uma cor de uma frequencia de luz que juntas formam a luz branca (o azul e o anil se encontram juntas), e no centro da estrela temos uma figura branca. Isso busca representar o holismo, com todas as partes não apenas somando, mas se misturando para formar o todo. E nas extremidades da imagem vemos representações do universo e da vida, também simbolizando o todo.

Imagem 3

Comentário:
Nessa imagem podemos ver uma metáfora entre uma borboleta e os vetores que reapresentam o caos. 
Mostrando a singularidade de cada uma delas e do funcionamento do sistema, sendo complexo e ao mesmo tempo dinâmico.E os elementos dentro delas estão em interação de uma forma imprevisível e aleatória. 

VÍDEOS E COMENTÁRIOS


Vídeo 1 - Modernindade Líquida e o Mundo Efêmero - Lipovetsky e Bauman


Comentário:
Nesse vídeo é dito que Gilles Lipovetsky defende a sociedade do consumo, isso pois essa sociedade representa também o retorno da religião, a aceitação do outro e de si mesmo. Ela transformou a noção de cultura, todas as atividades obedecem a lei da economia, vendendo um estilo de vida.
Já para Zygmunt Bauman, a liquidez presente nessa modernidade tem a ver com a rapidez com que as coisas fluem, não permitindo que a sociedade se “solidifique”. O amor líquido é um exemplo dessa liquidez, este é interessante enquanto suprir suas necessidades e é facilmente su
bstituível.
Pode-se concluir do vídeo que em um mundo composto de tantos “ágoras” não há espaço para a preocupação com o futuro.

Vídeo 2 - Holismo


Comentário:
 O vídeo mostra a origem e definição de holismo, e nos da o exemplo da maça, que ao ser analisada de forma holistica, é possivel ver o todo em cada uma das partes que é observada, chegando a um significado mais amplo.

Vídeo 3 - 

"A Teoria do Caos - Quando um Simples Tropeço Pode Mudar Drasticamente o seu Futuro? | PoligoPocket"


Link: https://www.youtube.com/watch?v=uoU3m5nN9c4&noredirect=1

Comentário:
O vídeo mostra como o sistema estão ligados de forma dependentes, pequenos acontecimentos geram um efeito e reação. E todo o dinamismo que existe do universo está em interação.

QUESTÕES 

4.  Caracterize: teoria do caos, pós-modernidade, cibercultura, holismo, “era do vazio”, ciência da informação e da comunicação:
Teoria do caos - trata de sistemas complexos e dinâmicos rigorosamente deterministas, mas que apresentam um fenômeno fundamental de instabilidade chamado sensibilidade às condições iniciais que, modulando uma propriedade suplementar de recorrência, torna-os não previsíveis na prática a longo prazo.
Pós-Modernidade - é um conceito da sociologia histórica que designa a condição sócio-cultural e estética prevalente no capitalismo após a queda do Muro de Berlim (1989), o colapso da União Soviética e a crise das ideologias nas sociedades ocidentais no final do século XX, com a dissolução da referência à razão como uma garantia de possibilidade de compreensão do mundo através de esquemas totalizantes.
Cibercultura - O termo tem vários sentidos. Mas se pode entender por Cibercultura a forma sociocultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas surgidas na década de 70, graças à convergência das telecomunicações com a informática. A cibercultura é um termo utilizado na definição dos agenciamentos sociais das comunidades no espaço eletrônico virtual. Estas comunidades estão ampliando e popularizando a utilização da Internet e outras tecnologias de comunicação, possibilitando assim maior aproximação entre as pessoas de todo o mundo.
Era do vazio – baseia-se em um novo estágio histórico do individualismo, uma nova era democrática que se traduz pela redução da violência e pelo desgaste do que há um século vem sendo considerada como vanguarda, onde as sociedades democráticas avançadas estão agora situadas na era 'pós-moderna'.
Tecnologia da informação e comunicação (TIC) - pode ser definida como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem, na Educação a Distância).O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a operacionalização da comunicação e dos processos decorrentes em meios virtuais. No entanto, foi a popularização da internet que potencializou o uso das TICs em diversos campos. Através da internet, novos sistemas de comunicação e informação foram criados, formando uma verdadeira rede. Criações como o e-mail, o chat, os fóruns, a agenda de grupo online, comunidades virtuais, web cam, entre outros, revolucionaram os relacionamentos humanos.


5.  Relativismo, ausência de posicionamento crítico social, aceitação a crítica de experiências contemporâneas podem levar ao risco da destruição da ordem e a consequente destruição do tecido social? Caminhamos para o caos?
Atualmente com a Cyber cultura, isso incluindo as redes sociais que possuimos atualmente, o mundo está mudando cada dia mais, diminuindo as barreiras que existem entre as pessoas, e consequentemente, trazendo cada vez mais informações para as pessoas.
Com tantas informações que recebemos diariamente, conseguimos a partir dai criarmos nossas próprias opiniões, e conseguirmos a partir dai termos um conhecimento sobre diversos assuntos.
Porem o que está acontecendo hoje na sociedade, é algo cada vez mais incontrolável, a partir do momento em que criamos o nosso conceito sobre algum assunto, partimos do pressuposto que a nossa idéia será a única correta, e portanto uma opinião contrária à nossa, não seja adequada.
O grande problema nisso tudo, é não sabermos respeitar a opinião alheia, e com isso, criarmos conflitos em relação à quase todos os problemas possiveis. Não que alguns problemas realmente necessitem de nosso debate, porém alguns problemas sociais, que nem deveriam ser debatidos estão sendo debatidos, como o caso do homossexualismo, ou então feminismo, ou racismo.
A realidade é que quase todos sofreram algum tipo de preconceito em nossas vidas, e isso acaba afastando as pessoas cada vez mais, portanto se não começarmos à nos respeitarmos pelas nossas diferenças, pode ser sim que estejamso caminhando para o caos, devido à falta de controle de opiniões, e devido às pessoas confundirem opinião própria com desrespeito ao próximo.

6. Qual é o papel da ciência e da tecnologia no mundo atual? (pós-moderno)
O discurso da sociedade pós-moderna e, correspondentemente, os fenômenos de suporte intelectual e social oferecem algum crédito para os argumentos de que o mundo de hoje e os prospectos de amanhã estão em contraste radical, e mesmo em assimetria, com o mundo dos últimos dois séculos e meio.

A ciência está lincada, principalmente à teorias que lincam aonde estavamos à alguns seculos atrás, e para onde estamos progredindo, seja para o Caos, ou então para um mundo melhor com pessoas que respeitem uma as outro.
Já a tecnologia, desde o desenvolvimento da internet para a maioria da população, ela vem transformando o conceito de realidade, aonde as pessoas conseguem se comunicar de todos os cantos do mundo, e a partir dai conseguirem diminuir as barreiras fisicas.
O papel da ciência e da tecnologia, é essencial pois através das duas, poderemos redefinir o futuro, e dizermos como às pessoas iram agir, sentir e pensar em relaçÃo umas às outras.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Pesquisa:

Integrantes do grupo:


  • Fernanda Sanchez
  • João Bosco
  • Mariana Silva
  • Renato Mayoral
  • Rodrigo Gama
  • Sarah Salim
  • Thiago José

Textos:


Artigo 1
Cibercultura
Autor: Aldemir Nicolau, jornalista e pesquisador.
O mundo está vivendo essa nova forma cultural: a cibercultura. Podemos afirmar que ela abrange fenômenos sociais ou culturais relacionados ao ciberespaço, ou seja, os comportamentos, entendimentos e atitudes associadas às formas de comunicação mediadas pelas novas tecnologias. Surge com o advento das tecnologias digitais e foi marcada, em seus primórdios, por atitudes de ativistas contrários ao domínio tecnológico, conforme registra Lemos.
Vamos situar o nascimento da cibercultura no surgimento da microinformática na metade dos anos 70. A cibercultura, embora a expressão deva muito à cibernética, não é, no sentido exato, correlata a esta ciência. Antes, a cibercultura surge como os impactos socioculturais da microinformática. Mais do que uma questão tecnológica, o que vai marcar a cibercultura não é somente o potencial das novas tecnologias, mas uma atitude que, no meio dos anos 70, influenciada pela contracultura americana, acena contra o poder tecnocrático (LEMOS, 2004, p. 101). 
Ainda, segundo Lemos (2004), embora a cibercultura se torne popular nos anos de 1970, ela surge nos anos de 1950 com a informática e a cibernética. A partir dos anos 1980, principalmente com o crescimento da Internet, ela vai se estabelecer completamente. A contracultura, representada, sobretudo, pelo imaginário cyberpunk que surge a partir de 1970, vai marcar a cibercultura. Esse imaginário cyberpunk vai se manifestar nas formas de sociabilidade contemporânea como na moda, na ficção científica, nas ações reais, phekers, hackers, crakers, ravers, nas artes, etc.
O desenvolvimento das tecnologias digitais, interconexão mundial dos computadores e a profusão das redes interativas criaram e ampliam as possibilidades do ciberespaço. As práticas, atitudes, modos de pensamento e valores estão, cada vez mais, condicionados por esse novo espaço de comunicação. Analisando as implicações culturais engendradas pelas novas tecnologias de comunicação e informação, Lévi toma o ciberespaço como ponto de partida para o entendimento da nova forma de cultura que esse novo espaço acaba gerando. Ele cria o termo para designar esse fenômeno. “Cibercultura especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes de modos de pensamentos e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (LÉVI, 1999, p. 17).
A cibercultura “não é a cultura dos fanáticos da Internet, é uma transformação profunda da noção mesma de cultura” (LÉVI, 1999, p. 5). Manifesta-se na apropriação de imagens de obras através de colagens, de discursos não lineares, como por exemplo, o neopaganismo dos Zippies, a atitude dos ciberpunks, o ativismo dos hackers, a vidência dos crackers, os fanáticos dos jogos eletrônicos, os delírios das raves e da realidade virtual, a arte eletrônica e a moda sintética.

Comentário:
O artigo destaca de forma simples o que é a cibercultura e explica o que esse conceito abrange, além de tratar de como o conceito surgiu. Cita como as novas tecnologias vêm mediando a forma como o ser humano se comunica e se relaciona, ou seja, “As práticas, atitudes, modos de pensamento e valores estão, cada vez mais, condicionados por esse novo espaço de comunicação, o ciberespaço”.
Acessado em 10/10/2015: http://www.webartigos.com/artigos/cibercultura/22212/

Artigo 2
O Pensamento Holístico
Autor: Robson Stigar, Professor de Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso

Os educadores de modo geral poderão trazer uma valiosa contribuição para a formação integral do ser humano, que neste século tem sido reduzida ao desenvolvimento individual, que evidencia um ser humano desumanizado e coisificado e a ele se refere como um ente entre objetos que podem ser facilmente manipulados e dominados. Neste sentido, o ser humano não chega a ver as coisas e a si mesmo, pois distanciado da realidade, não pode ver o mundo na sua totalidade.
O Holismo não se contrapõe em momento nenhum ao cartesianismo, ao contrário do que o senso comum pensa. O cartesianismo trabalha com a redução da parte, com a fragmentação do objeto, a fim de chegar à verdade do todo, ou seja, trabalha com a parte específica pensando no todo. O Holismo vem a contribuir e aproximar o que o próprio Descartes propunha, a essência do ser humano a partir do pensamento, do ato de pensar, da aproximação da matéria e do espírito.
É preciso preparar um ser humano crítico e reflexivo para a realidade atual desse mundo tecnológico. Nesse contexto, o viável é uma abordagem progressista juntamente com o ensino com pesquisa numa perspectiva holística. Entende-se por holística, do grego "holos", "total" doutrina que privilegia a consideração da totalidade na tentativa de explicar a realidade.
O termo Holismo vem do grego holos, quer significa todo, tudo. É a ideia de que as propriedades de um sistema não podem ser explicadas apenas pela soma de seus componentes. A palavra foi cunhada por Jan Smuts por volta de 1920, governador britânico no sul da Índia, que assim a definiu: "A tendência da natureza a formar, através de evolução criativa, todos que são maiores que a soma de suas partes". É também chamado não-reducionismo, por ser o oposto do reducionismo. Pode ser visto também como o oposto de atomismo ou mesmo como do materialismo. É uma teoria que estabelece o mundo como um todo integrado, como um organismo. Inversão da hipótese mecanicista em considerar que os fenômenos biológicos não dependem dos fenômenos físico-químicos, mas sim o contrário.
Embora ao longo da história diversos pensadores tenham afirmado, de uma forma ou de outra, o princípio do Holismo, o primeiro filósofo que o instituiu para a ciência foi o francês Augusto Comte (1798-1857), ao instituir a importância do espírito de conjunto (ou de síntese) sobre o espírito de detalhes (ou de análise) para uma compreensão adequada da ciência em si e de seu valor para o conjunto da ciência e da existência humana.
O Holismo é o resgate da dimensão ética no sentido mais profundo. Consiste num  compromisso com o todo, com o global, com a humanidade, com a preservação da natureza e com o estabelecimento de uma relação revolucionária entre homens, animais e plantas. Todos elementos fazem parte de um grande corpo. O Holismo traz uma proposta de vida integral. Trata-se de um caminho que não é novo, haja vista que encontra respaldo no pensamento dos pré-socráticos. Verdadeiramente, o Holismo é uma proposta que visa à superação das tradicionais relações de poder, rompendo com os obstáculos criados pelos cientistas.

Comentário:
O texto trata da maneira que o ser humano vem se desenvolvendo neste século: inserido na tecnologia e alheio à vida diretamente ligada a ela, sendo que ele passou a ser “coisificado”, “(...) um ente entre objetos que podem ser facilmente manipulados e dominados.”.
Então, os educadores, sendo importantes na formação do ser humano, podem contribuir no desenvolvimento de sua integridade, criando pessoas críticas e reflexivas sobre nossa realidade. Isso pode ser alcançado pela perspectiva holística, é “(...) a ideia de que as propriedades de um sistema não podem ser explicadas apenas pela soma de seus componentes”, pois cada componente, dentro de sua individualidade, tem sua função no todo.
Assim, passamos a ter maior entendimento de nós mesmos, da realidade (social, ambiental e política) em que estamos inseridos, e a nos comprometer com o todo.
Acessado em 10/10/2015: http://www.webartigos.com/artigos/o-pensamento-holistico/5772/

PÓS-MODERNIDADE
Artigo 3
Autor: GISELA B. TASCHNER, socióloga e professora da FGV-SP.

Trechos do artigo: [...] VISÕES DA PÓS-MODERNIDADE

Nos anos 80, por exemplo, Lash e Urry analisam o processo de modernização em cinco países capitalistas diferentes no chamado Primeiro Mundo (Inglaterra, França, Alemanha, Suécia e EUA) e detectam, para além das diferenças, a presença de três ordens de mudança em curso em todos eles: a internacionalização (econômica, financeira, de estruturas estatais, de modos de lazer e cultura); a descentralização de uma série de processos (da indústria, da população urbana, de tudo o que era de massas, com ênfase crescente no que é de âmbito local); o aumento em tamanho e efetividade da classe de serviços (16). Mas a proliferação de teorias sobre a pós-modernidade remonta aos anos 70. Baudrillard, um dos autores mais ligados à temática da pós-modernidade, começa a usar o termo pós-moderno apenas a partir dos anos 80, mas em seus trabalhos anteriores já se encontram diversos temas ligados à mídia, à sociedade de consumo e à proliferação de signos que a caracteriza, que reaparecem no contexto da discussão que faz posteriormente da pós-modernidade.          Nesse sentido, seus textos de meados dos anos 70 em diante também merecem ser considerados, no que dizem respeito ao desenvolvimento de sua perspectiva pós-moderna.

[...] A centralidade do conhecimento e a crise das grandes narrativas

Se Baudrillard vê a pós-modernidade como uma condição que a sociedade assume a partir de determinado momento, Lyotard analisa a pós-modernidade em termos da condição do conhecimento nas sociedades mais desenvolvidas, e a coloca no contexto da crise das narrativas: “O termo (pós-moderno) tem uso corrente no continente americano entre sociólogos e críticos; ele designa o estado de nossa cultura que se segue a transformações que, desde o fim do século XIX, alteraram as regras do jogo para a ciência, a literatura e as artes. O presente estudo colocará essas transformações no contexto da crise das narrativas” (39).
Nesse enquadramento, ele define como moderna a ciência que busca sua legitimação em uma grande narrativa na filosofia: “Vou designar como moderna qualquer ciência que se legitima com referência a um metadiscurso desse tipo, fazendo um apelo explícito a alguma grande narrativa, tal como a dialética do Espírito, a hermenêutica do significado, a emancipação do sujeito racional ou que trabalha, ou a criação da riqueza. Por exemplo, a regra do consenso entre o emissor e o destinatário de uma afirmação com valor-verdade é vista como aceitável, se é tomada em termos de uma possível unanimidade entre duas mentes racionais: essa é a narrativa do Iluminismo, na qual o herói do conhecimento trabalha em direção a um bom objetivo político-ético – a paz universal” (40). E a ciência pós-moderna é definida como aquela que desconfia de e questiona tais grandes narrativas: “Simplificando ao extremo, defino o pós-moderno como a incredulidade em relação à metanarrativas. Essa incredulidade, sem dúvida, é um produto do progresso nas ciências: mas tal progresso, por sua vez, a pressupõe” (41).

[...] A explosão da cultura

Um outro intelectual que se preocupa com a pós-modernidade é Frederic Jameson. Tal como Baudrillard e Lyotard, ele vê a pós-modernidade em termos de um corte em relação ao desenvolvimento social anterior, mas faz isso tentando manter-se no âmbito de uma grande narrativa (o marxismo).
Como diz no próprio título de seu ensaio de 1984, ele busca estabelecer a diferença entre o moderno e o pós-moderno, à luz da concepção de uma norma hegemônica ou de uma lógica cultural dominante (50). Esse caminho é importante porque o pós-moderno é visto como um campo de forças, no qual diferentes tipos de impulsos culturais tentam se impor, tanto os residuais como os emergentes (nem toda a produção cultural dos dias de hoje é pós-moderna). Se não atingirmos essa ideia de uma dominante cultural, cairemos em uma visão do presente como algo marcado pela heterogeneidade, por diferenças aleatórias, pela coexistência de forças distintas sobre cuja efetividade fica impossível decidir.
Assim, Jameson tenta trabalhar o pós-moderno em termos de uma nova norma cultural sistêmica e de sua reprodução. Para ele, o pós-moderno liga-se a uma mudança fundamental na esfera da cultura no capitalismo tardio, a qual inclui uma mudança na função social da cultura. Tal mudança consiste no fato de que se a esfera cultural gozou de uma semi-autonomia em estágios anteriores do capitalismo, ela tem essa semi-autonomia destruída pela lógica do capitalismo tardio. Inspirando-se na periodização de Mandel – capitalismo de mercado, capitalismo monopolista (ou imperialismo) e capitalismo tardio (ou multinacional ou do consumidor) – Jameson caracteriza esse terceiro estágio do capitalismo como a forma mais pura de capital, como a expansão prodigiosa do capital para áreas até então não sujeitas à mercantilização. Jameson trabalha sobre a idéia frankfurtiana da expansão da lógica mercantil para todas as dimensões da vida social, expansão essa que, no presente estágio, atinge e engloba a informação, o conhecimento, a consciência e a experiência, em um grau nunca antes atingido. E é essa expansão que destrói a semi-autonomia que a esfera cultural detinha anteriormente.
Até aqui sua visão se aproxima muito da perspectiva frankfurtiana dos anos 30. Mas, para Jameson, essa perda de autonomia não implica necessariamente a extinção da cultura. Ao contrário, a dissolução de uma esfera cultural deve ser vista em termos de uma explosão, isto é, trata-se de uma expansão da cultura pelo reino social, a um ponto tal que tudo na vida social se torna cultural em algum sentido, ainda que tal sentido não tenha sido teorizado (51). Esse “tudo” envolve os valores econômicos, o poder do Estado, as práticas e a estrutura psicológica. 

Comentário:

O artigo aborda o ponto de vista de vários autores e caracteriza a que para a visão de pós-modernidade segundo o pensamento de cada um deles. Com destaque para a visão de Fredric Jameson. O autor caracteriza esse terceiro estágio do capitalismo como a forma mais pura de capital, como a expansão prodigiosa do capital para áreas até então não sujeitas à mercantilização. Jameson ainda trabalha sobre a ideia da expansão da lógica mercantil para todas as dimensões da vida social, expansão essa que, no presente estágio, atinge e engloba a informação, o conhecimento, a consciência e a experiência, em um grau nunca antes atingido.

IMAGENS E COMENTÁRIOS

Imagem 1
Fonte: http://www.cafecomsociologia.com/ (Acessado em 10/10/2015)

Comentário: A imagem ilustra a “explosão” da internet e compara a uma explosão cósmica, ou seja, faz alusão ao surgimento de algo grandioso, significativo. A cibercultura está associada ao surgimento e desenvolvimento das ferramentas mostradas na imagem.

Imagem 2

Fonte: http://ludwigtaliesin.blogspot.com.br/2015/08/holismo-momento-presente-um-momentum-de.html (Acessado dia 12/10/2015)

Comentário:

Na imagem, que ilustra de maneira simples o Holismo, podemos perceber que tudo está relacionado. Há um ser humano no centro e tudo que está ao seu redor se conecta com ele. Seja a fauna (representada pela ave), flora (árvore) ou o próprio universo; todos o afetam de alguma maneira e se inter-relacionam. Mesmo sendo afetado por todos esses componentes, o ser humano possui sua individualidade, não sendo apenas fruto da interação, pois possui sua própria identidade. 

Imagem 3

Comentário:
A imagem ilustra como os relacionamentos mudaram e continuam mudando após a chegada da internet e das redes sociais. Jameson cita a alteração da estrutura da sociedade em sua obra.

VÍDEOS E COMENTÁRIOS

Vídeo 1

fonte: https://www.youtube.com/watch?v=hCFXsKeIs0w (Acessado em 10/10/2015)

Comentário: O vídeo produzido pelo do canal do You Tube EducaRede Brasil fala sobre a cibercultura e como esse conceito vem mudando a forma como as pessoas acessam e produzem conteúdos entre outras coisas.

Vídeo 2

Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=rorZkXYxpy8 (Acessado em 12/10/2015)

Comentário: No vídeo, podemos ver uma explicação do que é o holismo. A maçã e a percepção que temos dela, é afetada por todos aqueles componentes. Muitas vezes não paramos para analisar ou refletir, simplesmente a vemos como um alimento, mas não pensamos em todo o seu processo de desenvolvimento, o que ela representa para a religião ou como é símbolo do amor.

Vídeo 3


Comentário: O vídeo trata da diferença entre o que é pós-modernismo e pós-modernidade conceitos que muitas vezes são confundidos. O filósofo Fredric Jameson explica os conceitos de forma bem clara.

QUESTÕES

4 - Teoria do Caos: A teoria do caos estabelece que uma pequena mudança ocorrida no início de um evento qualquer pode ter consequências desconhecidas no futuro. Ao contrário do que parece, nem sempre “caos” quer dizer algo negativo. Tratando-se dessa teoria, ocorrem explicações de fenômenos não previsíveis. Portanto, a teoria do caos é um padrão de organização dentro de um fenômeno desorganizado, ou seja, dentro de uma aparente casualidade.
                Pós-Modernidade: O conceito de pós-modernidade tornou-se nos últimos anos, um dos mais discutidos nas questões relativas à arte, à literatura ou à teoria social, mas a noção de pós-modernidade reúne rede de conceitos e modelos de pensamento. As características da pós-modernidade podem ser resumidas em alguns pontos: propensão a se deixar dominar pela imaginação das mídias eletrônicas; colonização do seu universo pelos mercados (econômico, político, cultural e social); celebração do consumo como expressão pessoal; pluralidade cultural; polarização social devido aos distanciamentos acrescidos pelos rendimentos; falências das metanarrativas emancipadoras como aquelas propostas pela Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Em outras palavras: a pós-modernidade tem predomínio do instantâneo, da perda de fronteiras, gerando a idéia de que o mundo está cada vez menor através do avanço da tecnologia. Estamos diante de um mundo virtual, imagem, som e texto em uma velocidade instantânea.
                Cibercultura: De acordo com o filósofo Pierre Lévy, a cibercultura é o lugar que “se constrói e se entende por meio da interconexão das mensagens entre si, por meio de sua vinculação permanente com as comunidades virtuais”. A cibercultura é relação entre a tecnologia e a comunicação, que começaram a caminhar lado a lado com a evolução tecnológica que gerou a convergência entre informática e telecomunicação. É a cultura da remixagem, da ode à internet, da idolatria ao virtual, o que, diga-se de passagem, é intrínseco às novas gerações. É uma cultura contemporânea, caracterizada pelo compartilhamento de informação e conhecimento. O que acontece, por exemplo, em nosso dia-a-dia quando usamos plataformas sociais, como Facebook Twitter, quando acessamos um site de notícias, etc.
                Holismo: O termo Holismo vem do grego holos, quer significa todo, tudo. É a ideia de que as propriedades de um sistema não podem ser explicadas apenas pela soma de seus componentes. A palavra foi cunhada por Jan Smuts por volta de 1920, governador britânico no sul da Índia, que assim a definiu: "A tendência da natureza a formar, através de evolução criativa, todos que são maiores que a soma de suas partes". É também chamado não-reducionismo, por ser o oposto do reducionismo. Pode ser visto também como o oposto de atomismo ou mesmo como do materialismo. É uma teoria que estabelece o mundo como um todo integrado, como um organismo. Inversão da hipótese mecanicista em considerar que os fenômenos biológicos não dependem dos fenômenos físico-químicos, mas sim o contrário.
“Era do Vazio”: É considerada uma nova forma da sociedade se organizar, na qual as instituições se guiam mais pelos desejos, livre dos regulamentos e das regras embora esta nova ordem seja, em si, uma nova regra estabelecida. No lugar do indivíduo submetido às regras sociais, há um estímulo desenfreado ao “direito de ser ele mesmo” em detrimento das relações com o outro e com a sociedade. É o chamado direito de ser si mesmo, de aproveitar a vida ao máximo levando a uma supervalorização da personalização do indivíduo em uma outra forma de individualismo. Ocorre enfraquecimento da sociedade, dos costumes, do indivíduo contemporâneo da era do consumo de massa, a emergência de um modo de sociabilização e de individualização.
Ciência da Informação e da Tecnologia - TICs: Correspondem a todas as tecnologias que acessam e interferem nos processos informacionais e comunicativos. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem, por exemplo, computadores, câmeras de vídeo e foto, gravação doméstica de CDs e DVDs, celulares, televisores, correio eletrônico (e-mail), internet, fotografia, cinema, vídeo e som digital (TV e rádio digital), tecnologias de acesso remoto: Wi-Fi, Bluetooth, RFID, etc.
Referências
http://www.brasilescola.com/fisica/teoria-caos.htm
http://meuartigo.brasilescola.com/geografia/o-conceito-posmodernidade-na-sociedade atual.htm
http://www.comdpi.com.br/2011/08/afinal-o-que-e-esta-tal-de-cibercultura/
http://www.webartigos.com/artigos/o-pensamento-holistico/5772/
http://payaneto.blogspot.com.br/2011/11/resumo-do-livro-era-do-vazio.html
http://totlab.com.br/noticias/o-que-e-tic-tecnologias-da-informacao-e-comunicacao/
5 - Relativismo, ausência de posicionamento crítico social, aceitação a crítica de experiências contemporâneas podem levar ao risco da destruição da ordem e a consequente destruição do tecido social? Caminhamos para o caos?
A ausência de posicionamento crítico social, a relativização, o afrouxamento do que é ético e aceitável, a liberalidade excessiva de costumes estão conduzindo nossa sociedade atual a um estágio final. Afinal, o que é certo e o que é errado? A tendência é responder a esta pergunta relativizando-a. “Depende”, “Varia conforme o ponto de vista”, diriam os relativistas. O consenso parece se esvair. Consenso tal que nos unia até então e funcionava como amarra do tecido social.
Caminhamos para o caos? Para os relativistas depende, podemos já estar no caos, ou não, ou estaríamos caminhando para lá. O que de fato acontece é que o relativismo excessivo pode levar a destruição da sociedade, pois para a formação de um cidadão, determinados valores são imutáveis e transcendem o tempo.
Referência: http://br.blastingnews.com/noticia/2014/08/o-relativismo-moral-e-o-aniquilamento-dos-valores-humanos-00120815.html
6- Qual é o papel da ciência e da tecnologia no mundo atual? (pós-moderno)
Uma característica central de nossos tempos é a pulverização da ciência e tecnologia por todos os setores institucionais da sociedade [9].
Habermas [11] alertava a algum tempo que a aplicação tecnológica pode constituir-se no mais sofisticado mecanismo de exercício de poder elaborado pelo homem. Uma dominação metódica, científica, calculada e calculadora. Ao contrário de períodos remotos da sociedade humana, onde os poderosos primitivos buscavam suas afirmações através do apelo à tradição cultural, utilizando imagens místicas, religiosas e metafísicas, a tecnologia constitui-se enquanto poder em si mesmo, sendo ela própria dominação. Enquanto nas sociedades capitalistas tradicionais o exercício da dominação se dá principalmente a partir da base do trabalho social, nas sociedades de alta técno-ciência pretende-se instaurar algo semelhante baseado em normas de racionalidade científica. Tal objetividade extrema pretenderia convencer racionalmente cada indivíduo de seu ajuste particular, enquanto subsistema acoplado e dependente de forma inexorável ao todo.
Nesse contexto, a submissão do homem à técnica e pela técnica dar-se-ia através de sua alienação, fruto principalmente do contato e da utilização, sem consciência e sem conhecimento adequado, de novas tecnologias. Muito embora seja impensável a qualquer cidadão, mesmo nos países mais avançados, estar completamente atualizado com tantas inovações no campo da técnica, as dimensões desse descompasso entre o conhecer e o uso será muito mais sensível naqueles países que não tiverem um lastro educacional compatível minimamente com a dinâmica da evolução e implantação de novidades tecnológicas.
A tendência nos países periféricos, com camadas expressivas da população desprovidas de educação científica compatível, marginalizadas do contexto cultural onde brotam os novos saberes técno-científicos, será de estabelecer uma separação radical entre os níveis de decisão e de execução. Ou seja, o contato ignorante e inconsciente com tecnologias avançadas por parte de indivíduos despreparados tende a gerar pessoas sem iniciativas, sem criatividade e sem capacidade de crítica. Há, sem dúvida, o risco de nesse nível de modernização tecnológica atingir-se profundamente a estrutura do tecido social, eliminando resquícios de valores culturais próprios.
Assim, em um mundo em que o poder e o nível de desenvolvimento não se definem mais a partir da extensão territorial do país, nem sequer pelas suas riquezas naturais, mas essencialmente pela capacidade de produzir conhecimento e técnica de ponta, o nível de perversidade que pode estar associado a tal processo de dominação faz com que os modelos anteriores sejam antessalas de preparação para a intensidade de exclusão social que esses elementos permitem.
A criatividade é, por certo, o maior capital dos países ricos. A capacidade de criar, por sua vez, depende um equilíbrio delicado entre razão e emoção, entre fantasia e senso prático. Sendo assim, a criatividade não é potencialmente exclusividade de ninguém. Como bem apontado pelo sociólogo do trabalho, Domenico de Masi, não basta ser criativo, há que se ser empreendedor. Há cinco séculos Michelângelo Buonamoti coordenou milhares de trabalhadores na cúpula da Basílica de São Pedro em Roma.
Nesses termos, se a questão atual, em termos de produção de ciência e tecnologia de ponta, remete diretamente à capacidade de criar, a pergunta é quais são as condições e receitas associadas ao ato criativo. Descobrimos então que, ao longo dos últimos séculos, aprimoramos uns mais e outros menos, o nosso saber acerca de como produzir bens materiais. No entanto, sabemos ainda muito pouco como se produzem os ambientes nos quais podem brotar ideias.
Parece ser uma constante no processo de criação o espírito de equipe, em contraposição à tradição anterior de trabalhos geniais isolados. Em geral, nos grupos mais criativos observa-se a convivência na mesma equipe de pessoas com personalidades e características gerais bastante díspares. Certamente é necessário um ambiente acolhedor, tal que o trabalho não seja tão rigidamente separado do lazer e vice-versa. Ao contrário da inflexibilidade no cumprimento de prazos e metas, costuma-se incentivar a flexibilidade e o sincronismo.
Por um lado, é bem estabelecido que a ciência e a tecnologia imponham separações claras, quase cristalizadas. Por outro, a sua evolução está diretamente ligada à capacidade criativa e aos processos a ela associados, o que ainda contém elementos a serem desvendados, portanto ainda não consolidados. Assim, o mundo contemporâneo abre perspectivas para mudanças de rumos, seja para indivíduos, grupos sociais ou nações.
Referência

http://www.voy.com/19210/513.html

terça-feira, 3 de novembro de 2015

EDGAR MORIN

Pesquisa: 

Integrantes do grupo:

  • Caio Prudente
  • Carolina Defelicibus
  • Daniel Couto
  • Débora Teixeira
  • Flávia Ferraz
  • Leonardo Nobuo Hoshino
  • Jaqueline Santana

ARTIGOS E COMENTÁRIOS 


Artigo 1º: "IDENTIDADE HUMANA: UNIDADE E DIVERSIDADE ENQUANTO DESAFIOS PARA UMA EDUCAÇÃO PLANETÁRIA"


Referência:  http://www.uece.br/setesaberes/anais/pdfs/trabalhos/349-07072010-182735.pdf


Comentário: 

A identidade desde sempre se constituiu um traço fundamental para distinguir um indivíduo de outro, um grupo de outros grupos ou uma civilização de outra. O ser humano constrói e modela sua identidade ao tomar contato com o mundo e com a cultura humana. A educação escolar deve atuar para poder construir uma identidade individual, da espécie e da sociedade num mundo de características globalizadas. Muitas das vezes isso não é possível pois a nossa educação ensina a segregar, isolar e dividir ao invés de ligar os conhecimentos e as culturas. A escola deve ser uma instituição laica totalmente aberta à tolerância e à diversidade cultural em que credos, ideologias, raças, culturas possam vivenciar uma convivência solidária e construtiva.
O grande desafio para a educação escolar no mundo em que vivemos é proporcionar a consolidação e a valorização das múltiplas identidades que integram não só a identidade do nosso povo, mas de toda a humanidade que habita nosso planeta, por meio de um currículo que leve o aluno a conhecer e valorizar suas origens étnicas e a se reconhecer como cidadão do mundo no qual ele vive.

Artigo 2º: "Complexidade e Liberdade"

Referência: http://www.teoriadacomplexidade.com.br/textos/teoriadacomplexidade/Complexidade-e-Liberdade.pdf

Comentário:

Os fundamentos clássicos da epistemologia (sobre o conhecimento da realidade) passa a ser questionado. Por exemplo, a visão aristotélica/ filosófica de ordem passa a comportar nela mesma a ideia de desordem, porque a ordem não é algo absoluto e a entropia é uma realidade a ser considerada na construção do conhecimento. Não existe algo absoluto. Da mesma forma, o pensamento cartesiano de que o objeto a ser examinado deveria ser dividido em partes separadas cai por terra também, porque isso acaba limitando muito, é simplista, não enxerga a visão do todo. Deve-se adotar a interdisciplinaridade para se construir o conhecimento.
A ciência não pode ser reducionista, achando que uma só percepção de uma determinada realidade poderia ser tomada de forma absoluta. E isso não substitui a ideia de disciplina, mas abre caminho para o conjunto das disciplinas para tentar se entender e produzir conhecimento da mesma.

Artigo 3º: " Os sete saberes necessários à educação do futuro"


Comentário: 

O artigo aborda os 7 saberes necessários para à educação no futuro. Fala sobre problemas para cada um dos níveis estudantis discutindo os 7 buracos negros da educação. Para o autor não se devem destruir disciplinas, mas sim integra-las, reuni-las em uma ciência. Todas devem estar integradas para permitir uma mudança de pensamento, a fim de que se transforme a concepção fragmentada e dividida do mundo.
Segundo o autor, hoje em dia o planeta já está unido e fragmentado, ao mesmo tempo, assim é importante que se comesse a se dissolver uma étnica do gênero humano, para que possamos superar esse estado de caos e começamos a civilizar a terra.

IMAGENS E COMENTÁRIOS

Imagem 1


Comentário:

O mundo em que vivemos, iniciando com o século IX e se consolidando até o presente século, tornou-se uma “aldeia global”, ou, utilizando uma terminologia mais atual, tornou-se “globalizado”. Para Morin, os princípios tradicionais da ciência que têm regido o pensamento, sobretudo ocidental, não dão conta do emaranhado de interligações de culturas e de conhecimentos potencializados pelo avanço tecnológico experimentado nas últimas décadas. Donde um novo modo de pensar se faz necessário, surgindo então o pensamento complexo.
Segundo Edgar Morin “O pensamento complexo é, essencialmente, o pensamento que trata com incerteza o que é capaz de conceber a organização. É o pensamento capaz de reunir, de contextualizar, de globalizar, mas ao mesmo tempo, capaz de reconhecer o singular, o individual o concreto”.


Imagem 2


Comentário:

"A teoria dos sistemas lança igualmente as bases de um pensamento de organização. A primeira lição sistêmica é que ‘o todo é mais do que a soma das artes. Isso significa que existem qualidades emergentes que nascem da organização de um todo e que podem retroagir às partes. Assim, a água tem qualidades emergentes com relação ao hidrogênio e ao oxigênio que a constituem. Acrescento que o todo é igualmente menos do que a soma das partes porque as partes podem ter qualidades que são inibidas pela organização do conjunto.” MORIN, Edgar; LE MOIGNE, Jean-Louis. A Inteligência da Complexidade. São Paulo: Petrópolis, 2000.


Imagem 3


Comentário: 

No livro “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, Morin apresenta o que ele mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional que são:
1. Um conhecimento capaz de criticar o próprio conhecimento;
2. Discernir as informações chave, tendo claros os princípios do conhecimento pertinente;
3. Ensinar a condição humana;
4. Ensinar a identidade terrena;
5. Enfrentar as incertezas;
6. Ensinar a compreensão;
7. A ética do gênero humano.

VÍDEOS E COMENTÁRIOS

Vídeo 1: Fronteiras do pensamento

Refrência: https://www.youtube.com/watch?v=QJgDtOtf7r0


Comentário:

Edgar Morin, filósofo francês proferiu sua conferência no Fronteiras do Pensamento em 14 de abril de 2008, intitulada "1968-2008: o mundo que eu vi e vivi". Morin abordou diversos ângulos da globalização humana com suas dinâmicas internas de destruição e criação


Vídeo 2: A complexidade do eu

Referência: https://www.youtube.com/watch?v=ExOqRgBKDKA


Comentário:

Neste vídeo, Edgar Morin, esclarece como a noção de identidade se define de uma forma dupla. Um eu singular e insubstituível e um eu comunitário, composto por uma família, pátria ou comunidade. Para compreender a multiplicidade da identidade, Morin defende a necessidade do pensamento complexo, capaz de relacionar conjuntos de concepções ao mundo através da vida.


Vídeo 3: Unidade e diversidade

Refrência: https://www.youtube.com/watch?v=u8f-kiPG_LI


Comentário:

Neste vídeo, Edgar Morin, argumenta que a grande fronteira da contemporaneidade é a compreensão da relação entre diversidade e unidade. Segundo Morin, diversidade é a manifestação da unidade. Cultura, um conceito universal. Mesmo assim, não há uma cultura igual à outra. Linguagem, um conceito universal. Mesmo assim, as línguas são diferentes em suas manifestações. Ao compreendermos esta relação, diz o pensador, deixamos de querer homogeneizar as formas e estamos aptos a nos relacionarmos como humanidade.

QUESTÕES 


4 – Caracterize: teoria do caos, pós-modernidade, cibercultura, holismo, “era do vazio”, ciência da informação e da comunicação: tic’s

·         

Teoria do Caos - A ideia central da teoria do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro.
Comentário do site http://www.professores.uff.br/salete/caos.htm: Caos nem sempre é uma coisa ruim. No sentido de pura desordem, realmente, pouco se pode dizer a seu favor. Mas o que o matemático James Yorke estava querendo dizer quando tomou este termo emprestado em 1975, era desordem ordenada - um padrão de organização existindo por trás da aparente casualidade. E isso é uma coisa muito boa.

·         Pós-modernidade - Caracterizada por mudanças significativas provocadas e vividas pelo homem, entre as principais podemos citar a globalização, unificadora das sociedades do planeta, um novo modo de cultura e as novas condições que põem em perigo a continuidade da espécie humana.
A Pós-Modernidade surgiu com a desconstrução de princípios, conceitos e sistemas construídos na modernidade, Com isso, os três valores supremos, o Fim, representado por Deus, a Unidade, simbolizada pelo conhecimento científico e a Verdade, entraram em decadência acelerada na Pós-Modernidade.
Por conta disso, para a maioria dos autores, a Pós-Modernidade é traçada como a época das incertezas, das fragmentações, da troca de valores, do vazio, do niilismo, da deserção, do imediatismo, da efemeridade, do hedonismo, da substituição da ética pela estética, do narcisismo, da apatia, do consumo de sensações e do fim dos grandes discursos. 

·        Cibercultura - A cibercultura é uma cultura contemporânea, caracterizada pelo compartilhamento de informação e conhecimento. O que acontece, por exemplo em nosso dia-a-dia quando usamos plataformas sociais, com facebook, e twitter, quando acessamos um site de notícias, ou até mesmo em conversas na hora do cafezinho. Temos como origem do ciberespaço, berço da cibercultura, o fruto de um verdadeiro movimento social, onde predomina os três princípios orientadores: interconexão, as comunidades virtuais e a inteligência coletiva.

·         Holismo - O paradigma holístico de uma crise da ciência, de uma crise do paradigma cartesiano-newtoniano, que postula a racionalidade, a objetividade e a quantificação como únicos meios de se chegar ao conhecimento. Esse paradigma busca uma nova visão, que deverá ser responsável em dissolver toda espécie de reducionismo. A holística força um novo debate no âmbito das diversas ciências e promove novas construções e atitudes. Portanto, o holismo caracteriza-se como uma abordagem, no campo das ciências humanas e naturais, que prioriza o entendimento integral dos fenômenos, em oposição ao procedimento analítico em que seus componentes são tomados isoladamente.
O novo paradigma força um a visão sistêmica e uma postura transdisciplinar. O modelo sistêmico atende ao conceito de interdependência das partes. Postula que tudo é interdependente, que os fenômenos apenas podem ser compreendidos com a observação do contexto em que ocorre.


·         Era do vazio” - O vazio está associado a questões como indiferença e não envolvimento do indivíduo contemporâneo com problemas que lhe dizem respeito. Trata-se de uma era de socializações variadas, múltiplas vivências e diversas experiências a serem empreendidas, mas feitas sob o escudo do “eu”. O narcisismo presente mundo afora, parece entendido como símbolo dessa era do vazio, em que a autossuficiência individual e solitária estaria a garantir a autogestão idiotizante do ser fechado em si mesmo.
·        
Ciência da informação e da comunicação - A interdependência entre a comunicação, enquanto processo cultural e de sociabilidades, e a informação como produto resultante e, simultaneamente, estimulador desse processo, sinaliza que, embora as áreas do conhecimento que se ocupam dessas temáticas detenham especificidades e focos diferenciados, há uma interligação marcante entre ambas. Os objetos de estudos dos campos da Comunicação e da Informação motivam a busca do desenvolvimento teórico, assim como a constante revisão de referenciais teóricos e empíricos, por focalizarem de modo central as sociabilidades e recursos que permitem o compartilhamento e a produção de sentidos, a representação, o armazenamento, a disseminação e a circulação das informações, como também as tecnologias, modelos, padrões, estratégias e infraestruturas que sustentam e apoiam esses processos. Tais objetos guardam interfaces vitais que impelem reflexões em zonas teóricas de interseção desafiadora aos pesquisadores desses campos, já que vindicam, na mesma ordem de grandeza, ousadia e cautela nas escolhas teóricas e em suas interpretações.


5 - Relativismo, ausência de posicionamento crítico social, aceitação a crítica de experiências contemporâneas podem levar ao risco da destruição da ordem e a consequente destruição do tecido social? Caminhamos para o caos?


O relativismo é uma postura de interpretação da realidade que sugere que tudo deve ser encarado segundo o conceito da relatividade, ou seja, a percepção de determinado fenômeno está condicionada à realidade do interlocutor, e não poderia, portanto, ser tomada como uma conclusão válida no plano geral, e sim apenas no plano particular. Em outras palavras, a verdade no relativismo é aquilo que eu percebo como verdade, independentemente da opinião alheia ou das conclusões obtidas pelos outros. Neste caso, o relativismo deteriora as relações humanas e conduz a um ambiente de desconfiança mútua. O mundo em que vivemos hoje e as relações que construímos ao nosso redor trazem muito deste “pessimismo” em relação ao próximo, o que leva muitos de nós a declarar com certa dose de orgulho triste: “eu não confio em ninguém” e a praticar a ausência de posicionamento crítico social. Dessa forma, o relativismo e a ausência desse posicionamento, aplicados à política, por exemplo, tendem a levar as pessoas à omissão e a uma quebra do tecido social, por desistirem de insistir em ter seu destino em suas próprias mãos. As decepções constantes, os maus exemplos e os sedutores discursos dos políticos nos levam a crer que a verdade não está disponível, e que nunca saberemos o que realmente acontece nos bastidores do desse mundo. Desenganados, perdemos mais uma vez a já combalida confiança que tínhamos nos outros e em nossa própria capacidade de compreender a realidade. Em suma, esses diversos posicionamentos são males a serem superados, e somente a consciência do homem pode fazê-lo a fim de por abaixo a era individualista em que vivemos e as consequências disso no tecido social. Isso pode ser feito a partir de um processo íntimo, que diz respeito a cada um em particular; nossas atitudes devem ser resultado de uma longa e cuidadosa reflexão a respeito dos objetivos que pretendemos atingir e dos meios que estamos dispostos a utilizar para estes fins.

6- Qual é o papel da ciência e da tecnologia no mundo atual? (pós-moderno)

No processo atual de globalização que o mundo vivência, a importância representada tanto pela ciência como pela tecnologia transcende qualquer análise mais primária.
Somente com o desenvolvimento paralelo de ambas, ciência e tecnologia, uma se amparando e complementando a outra, conseguimos atingir os mais altos patamares do conhecimento, e as perspectivas oferecidas pelas novas conquistas, experiências e trabalhos, permite-nos antever progressos ainda mais significativos para toda a espécie humana. É inegável que muitas coisas não existiriam ou teriam um entendimento limitado sem a contribuição decisiva das teorias científicas, mas também é certo que muitos outros novos problemas derivados dessa evolução virão a existir num futuro próximo. Embora, no passado, nem sempre houve uma percepção clara da contribuição da Ciência na vida cotidiana, ela sempre esteve presente nos grandes eventos da humanidade, por exemplo, desde a percepção do ser humano para a manutenção e aproveitamento do fogo, das 

técnicas de preparação de corpos por mumificação; na atualidade, a Ciência tem um papel fundamental no conhecimento do ser humano em torno da realidade e do significado do mundo em que vivemos. Além dessa visão unilateral da ciência e da tecnologia, fica cada vez mais evidente que a exploração desenfreada da natureza e os avanços científicos e tecnológicos obtidos não beneficiam a todos. Enquanto poucos ampliaram potencialmente seus domínios, camuflados no discurso sobre a neutralidade da ciência e tecnologia sobre a necessidade do progresso para beneficiar as maiorias, muitos acabaram com os seus domínios reduzidos e outros continuam marginalizados, na miséria material e cognitiva. Em suma, a crescente evolução e utilização de novas tecnologias vem acarretando profundas mudanças no meio ambiente e nas relações e nos modos de vida da população, colocando os indivíduos diante de novos desafios, cuja maioria a população não está preparada para enfrentar.